Maior evento de cultura negra da América Latina reúne mais de 100 atrações nacionais e internacionais virtualmente até o dia 10 de dezembro

Texto: Victor Lacerda | Edição: Nataly Simões | Imagem: Feira Preta 2019/Mônica Silva

A 19ª edição da Feira Preta, o maior evento de cultura negra da América Latina, já começou e pela primeira vez de forma online. Com programação gratuita e que reúne mais de 100 atrações nacionais e internacionais, entre shows, workshops, talks e painéis, o evento traz como tema o questionamento: “Existe um futuro preto?”.

No desafio de se reinventar em contexto de pandemia pela COVID-19, a feira conta com transmissões ao vivo por diferentes plataformas e redes sociais, como YouTube, Spotify, TikTok, Facebook e Instagram, durante um cronograma de atividades ligadas ao afroempreendedorismo até o dia 10 de dezembro.

Segundo a organização, a Casa PretaHub e a Casa Natura Musical servem de espaço para sediar o festival durante os vinte dias de atividades. Ao palco, sobem as cantoras Luedji Luna e Tássia Reis com a cantora britânica Anais.

Há ainda a segunda edição do Preta Jazz Festival, o Encontro dos Blocos Afros de São Paulo, o Ilú Oba, Ilú Inã, Umojá e Zumbiido, e o show dos músicos refugiados da diáspora africana no “África em nós”.

A Feira Preta é dirigida pela empresária Adriana Barbosa e é uma realização da Pretahub, aceleradora do empreendedorismo negro no Brasil. Para conferir a programação completa do evento, acesse o site oficial ou a hashtag #ExisteUmFuturoPreto nas redes sociais

O povo preto quer narrar suas histórias Vivemos em um mundo de disputa. Nossa sociedade tem profundas marcas das desigualdades que foram desenhadas ao longo da história. Na atualidade parece que há espaço para debate, a tão falada representatividade está sobre a mesa. Mas o povo preto quer mais. Queremos narrar nossas próprias histórias. Queremos ter direito de fala não somente quando essa é concedida. Somos múltiplos, somos muitos e plurais. A ótica de ser preto no Brasil se revela como um espectro, tamanha a diversidade dos povos ancestrais que nos originaram, e a variedade de experiências que podemos ter e ser. Pertencer. O que nos conecta é pele. Apoie o Alma Preta e nos ajude a continuar contando todas essas histórias. Vamos fazer jornalismo na raça!